domingo, 7 de março de 2010

A História da Minha (in)existente Vida Sexual

Ora, pelo que percebi há muita gente, ou sei lá duas ou três pessoas que ainda não descortinaram muito bem o que eu ando a fazer neste mundo, ou melhor dizendo, o que é que eu faço para além de dizer muita porcaria pela boca fora! Bem, posso dizer que não fui uma criança com uma infância traumática, aliás se formos bem a ver, os que mais traumas têm são mesmo os adultos e muitos desses traumas apanham- nos já depois da infância. Mas, voltando ao que eu estava a escrever, não tive uma infância traumática, sei lá, decerto há pessoal que pensa que o meu pai me batia (ou que ainda me bate) o que eu acho extremamente hilariante pois vão por mim, o meu pai é Deus na Terra, embora toda a gente já tenha ouvido a expressão: Deus abandonou- me! . Ou seja, não tenho aquela relação de pais e filhos que supostamente se exige, então, desde cedo dei largas à minha, imaginação, libido? Sei lá, com 16 anos pode dizer- se que já se tem libido, pujança, qualquer coisa parecida? Sou um bebé precoce será que fui um homem precoce? xD Prontos, agora vem a parte mais séria desta história toda, também a mais porca para muita gente (mediante o nível de sensibilidade e facilidade de se impressionarem com coisas que para os outros já não são novidade nenhuma!). Ora bem, então com 16 anos o que descubro eu? O maravilhoso mundo da internet! Uau, a sério eu digo- vos uma coisa, quando tiverem filhos, não lhes dêem internet aos 16 anos, ainda mais se eles forem como eu! Então, com 16 anos começo eu a frequentar aquelas salas de chat, e aqueles sítios que numa linguagem muito gugu dada, são só «para gente grande». Aí meus amigos, eu li tanta merda, mas tanta merda, mas taaaaaaaanta merda, fizeram- me propostas que nem vos passa pela cabeça! Ou melhor se calhar até vos passa mas imaginem um miúdo de 16 anos (mesmo precoce xD) a ler estas coisas desde essa idade. Para mim passaram a ser coisas normais. Mas aí reside o grande problema. Uma coisa é aceitarmos as coisas, outra completamente diferente é concordarmos em viver segundo esse tipo de degradação em que se tornaram as relações de hoje em dia. Ao fim de 3 anos (para os que já não estão a recordar- se, 16 mais 3, perfaz 19, então aos meus 19 anos) já depois de eu saber que não iria encontrar nada que prestasse, decidi perder a vergonha (e como muitos de vocês devem adivinhar, perder mais alguma coisa). Pensei: vais com a primeira pessoa que te aparecer, não vais ser esquisito, e não vais pensar nisso até acabar. Quando acabar podes rir, podes chorar, mas pelo menos uma vez na vida vais fazer alguma coisa e leva- la até ao fim sem estragares tudo com os teus pseudo moralismos!
Ora acontece que eu se jogasse no euromilhões e se tivesse tanta sorte como tive, seria um excêntrico neste preciso momento.
Depois de duas excentricidades, o que é que eu tenho a dizer, escrever, tanto faz, às pessoas que acabaram de ler isto? Que pensem sempre que, assim como vocês andam nesse tipo de sítios e vos considerais pessoas «normais» provavelmente muitas outras «pessoas normais» andam lá, o que precisam é procurar. Se é uma forma precária de procura? É, podem ter a certeza disso. Se é humilhante ter de procurar por sexo? É, se pensarem que querem sexo com amor, e a maior parte dessas pessoas não vos quer por perto por mais do tempo que levam a ter aquilo que procuram, então, nem vale a pena entrarem nesses locais. Mas a coisa mais triste, mais triste do que andar nessa vida, mais triste do que já ter percebido o que vai ser a vossa vida por aí adiante, é encontrarem alguém que pensa como vocês e as coisas não correrem da forma como deveriam correr com qualquer outra pessoa. Ou seja, os começos são sempre diferentes, mas os finais, costumam ser sempre felizes. Errado. Costumavam.

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