quarta-feira, 5 de outubro de 2011

Evanescence - Evanescence [Review]


Após 5 anos de interregno, eis que chegou o tão esperado álbum da banda da Amy Lee (sim, isto não é Evanescence, é a banda da Amy Lee, o que quer que isso seja).
Eu fui daquelas pessoas que em algum momento da sua vida teve Evanescence como banda favorita, devorando tudo o que havia para devorar até à exaustão. Mas já foi há muito tempo. No espaço que se interpõe entre este lançamento e "The Open Door" muitas foram as bandas que quiseram colar-se a um estilo tão aclamado. E não o conseguiram. Quando Amy Lee nas entrevistas falava sobre este novo álbum eu, mesmo não esperando uma obra prima também não acreditava nas suas reflexões excitadas sobre a sonoridade do mesmo. Não me enganei.
As 12 faixas da edição base soam exactamente como o antigo som da banda, com a diferença de não contarem com a participação do fantástico Millennium Choir que noutras épocas abrilhantava as músicas já de si brilhantes. Para além disso, estes novos Evanescence são péssimos a fazer de si mesmos, ou seja são péssimos a fazer de Evanescence. Mas podem ser facilmente confundidos com uma banda tributo a Evanescence. Das já referidas 12 faixas da edição normal, apenas "Oceans" me fez parar o que estava a fazer para me focar no que estava a ouvir, e das faixas bónus somente "Secret Door" mostra alguma originalidade. O primeiro single, "What You Want" parecia um aviso de que tudo aquilo que Amy profetizara em entrevistas nada mais não era do que um engano (para ela e para os fãs) pois a música tem tudo para ser considerada uma das mais irritantes do ano com o seu refrão repetido vezes sem conta. Ainda na dita música se podem ouvir alguns arranjos orquestrais de David Campbell, arranjos que Amy também em entrevista dissera estarem bastante presentes no álbum. Lamento informá-la que isso é quase imperceptível e que mesmo que não fosse, nada conseguiria apagar a irritação que senti em ouvir a vocalista faixa após faixa. Amy ainda não tem o "toque de Midas" para transformar em ouro tudo aquilo em que toca e a prova disso foram as suas prestações vocais que outrora valeriam por si e que neste álbum apenas me ajudaram a fundamentar a má ideia que tenho dele.
Em suma, os fãs mais acérrimos da banda irão gostar do álbum mesmo que este seja o maior flop da carreira deles assim como irão criticar ferozmente quem diga tal blasfémia.
No entanto, a ideia que me fica após ouvir este lançamento é: Os Evanescence são péssimos a fazer... de Evanescence!
3/10

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