segunda-feira, 24 de dezembro de 2012

Jingle

Começar a véspera de Natal a receber a notícia de que a pessoa com quem se vai consoar está no hospital não é a melhor forma de principiar o dia mas pelos vistos já vai melhor.
Depois vou vendo as publicações pelo Facebook e questionando-me se as pessoas sabem que o Natal ocorre todos os anos, na mesma data, para toda a gente.

"É Natal!"
No shit Serlock, pensei que aí em casa estivessem a celebrar a Páscoa! Só se as pessoas tivessem vivido isoladas nestes últimos dias teriam dúvidas sobre a data de hoje.

De manhã fiz a minha parte de Cinderelo e aspirei a sala. A minha casa não é propriamente grande mas os meus pais têm uma máxima: Se podes colocar tudo amontoado para poupar espaço, então põe, que se foda. Fartei-me de rogar pragas [fodasse, caralho, merda, nem queiram saber a quantidade de impropérios que consigo dizer por minuto quando estou mal disposto, enquanto embatia numa caixa, numa cadeira, no sofá, na mesa, na minha vida, na minha dignidade]. Mas aspirei tudo. Depois o que me irrita mais é que não é o aspirar em si que me cansa, é tirar as coisas que estão a atrapalhar: a cobertura do sofá, as cadeiras, as passadeiras, as mantas, as toalhas... Dou por mim com vontade de ter uma retroescavadora para arrumar com aquilo de vez.
Este deve ter sido o único ano em que enviei as minhas próprias mensagens de Natal. Talvez por não estar com as pessoas que mais me disseram ao longo deste último ano tenha sentido a necessidade de lhes relembrar que não me esqueço de quem me faz bem, não sou assim tão ingrato.
E também não me esqueço de vocês, por isso feliz Natal, com muitas prendas e essas coisas todas, a minha mãe está na cozinha a assassinar um bolo de chocolate metendo coco lá para dentro [o fruto] rezem para que saía alguma coisa decente.
O que se ouve durante este dia:



E a minha prenda está a demorar a chegar: OKLAHOMA!

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