domingo, 2 de dezembro de 2012

Sobre A Campanha Do Banco Alimentar


Mais uma colheita do Banco Alimentar que pelos vistos superou as expectativas da instituição. Não tenho nada contra quem ajuda embora os meus pais não o façam e o meu pai considere que a obrigação de ajudar este tipo de instituições deveria ser do Estado e não do povo.
Em certa maneira concordo com o meu pai e condeno a mensagem que passa na comunicação social de que em tempos de crise as pessoas ajudam mais quem precisa.
Peço desculpa se pareço egoísta, mas tentarei explicar o meu ponto de vista: aqueles que ajudam o Banco Alimentar são pessoas como eu ou vocês, simples membros da classe média baixa, média alta quando muito. E são estas classes que estão a sofrer os efeitos da crise de forma mais evidente. É certo e sabido que muitas das vezes os que menos têm são os que mais dão e partilham. Mas mesmo assim dão e enquanto continuarem a ajudar este tipo de instituições e a comunicação social continuar a fazer o alarido que faz a cada campanha, o Governo não se sentirá na obrigação de mover uma palha. 
Digo isto tentando colocar-me na cabeça de um governante: se o povo ajuda os mais necessitados, não é necessário gastar dinheiro público para fazer o que os outros fazem de graça. 
Espero que me tenha feito entender e não tenha ferido susceptibilidades. Acredito que muitos de vocês se sintam na obrigação e se sintam úteis ao contribuírem para tais campanhas.

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