terça-feira, 22 de novembro de 2016

Agora Não Se Trabalha

Devido a trabalhar num local onde contacta com (quase) todas as alminhas desta terriola, toda a gente conhece a Senhora minha mãe. Posteriormente, toda a gente me conhece a mim. Mas eu não sou o Logan, eu sou o "Logan filho da senhora que trabalha naquele sítio".

Visto que (quase) toda a gente deve saber, também pela boca da Senhora minha mãe, onde eu trabalho atualmente, agora sou também conhecido como "Logan, que vende cruzeiros,  filho da senhora que trabalha naquele sítio".

Nada contra, é sempre preferível serem conhecidos pela vossa ocupação laboral do que por terem uma cabeça anormalmente grande. Escusam é de trazer o assunto à baila de cada vez que me vêem na rua, o que, graças a Deus, não ocorre com muita frequência.

Por exemplo, hoje fui ao banco trocar uma nota (vocês acreditam que temos uma dependência bancária aqui na Parvónia? Onde chegou o progresso nossa Senhora!) e deve ter sido a primeira vez que lá entrei, desde que aquilo abriu há meia dúzia de anos.

Não conhecia o funcionário bancário, devo ter-lhe posto a vista em cima meia dúzia de vezes quando fui almoçar fora com os meus pais, mas tirando isso, nunca tinha sequer falado com o dito Senhor.

Lá lhe pedi acanhadamente para me trocar a dita nota ao que entregar-me o dinheiro já trocado me diz ele:

" - Depois quero um desconto num cruzeiro..."


Cheira-me que, asism como a Senhora minha mãe, mesmo quando deixar de trabalhar vou ficar para sempre "amarrado" a um emprego. 

Plus, Senhor, eu estou em vacaciones. Estou a tratar o meu emprego como aquele pó que se varre para debaixo do tapete de forma a que nos esqueçamos dele.

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